Tornei-me colaboradora da Editora Lire por ter a clareza de quão fundamental são os livros para a infância, pois proporcionam vivências de bem, descobertas, e ampliam o conhecimento. Já li muitos artigos científicos que deixam claro que possuir essa vivência na infância proporciona ao futuro adulto inúmeros benefícios. Por isso, desde muito tempo, sou conhecida como “a amiga da mamãe que adora presentear com livros”!
Nesse último ano, tornei-me mãe, o que, certamente, traz ao coração inúmeros desafios, oportunidades felizes e diversos benefícios.
Diante de tantas novidades e descobertas sobre como conduzir esse pequeno ser que chegou, deparei-me vivenciando, finalmente, o momento da leitura compartilhada com ele, que tanto almejei.
No primeiro dia, pensei que não duraríamos uma página, porém, ele ouvia atento ao que as folhas coloridas apresentavam, e eu fiquei muito estimulada!
Dessa forma ocorreu desde seu primeiro mês de vida, em horários e momentos diferentes e, na maioria das oportunidades, com um mesmo resultado: uma mãe feliz e um filho mais sereno.
Como manifestei, na maioria das vezes o resultado é excelente, mas, por que ele ocorre?
Observei que este resultado somente ocorre quando eu leio com a intenção de aprender algo com ele, e não como uma prática rotineira. Ler realizando entonações diferentes já não era mais um caso de sucesso, mas ler recordando da minha infância e recordando do meu ser fez com que esse momento se tornasse parte da nossa rotina com muita alegria.
A prática, aparentemente física, se tornou algo especial, um momento nosso!
Eu leio para ele e, ao mesmo tempo, faço a reflexão de como aquele conhecimento se amplia na minha vida adulta. Posso afirmar que, nesse momento, quando muitas reflexões internas surgem, me sinto mais grata ainda pela oportunidade que meu filho está me proporcionando. Aquele pequeno momento do dia se torna ainda mais especial, pois comprovamos as teorias e nos vinculamos ainda mais um com o outro.
Há poucos dias, um dos livros que li era de um autor que foi um ser querido e próximo da minha vida, mas que não está mais fisicamente comigo. Enquanto lia, meu coração foi ficando cada vez mais “quentinho”, pois via o exemplo dele se expandindo de uma forma viva por meio daquela leitura - a vida dele continua se expandindo na nossa!
Como será esse momento, quando meu filho crescer? Ainda não sei, mas eu posso afirmar que resgatei muito da criança que fui e sou e que, certamente, esta recordação me trará inúmeros elementos para conduzir a sua vida!
Por Fabíola Cadore Lorenzet Tondello