Reflexões sobre o desafio de educar as novas gerações

Reflexões sobre o desafio de educar as novas gerações

Educar as novas gerações constitui, cada vez mais, um desafio, pela complexidade de fatores que interferem no dia a dia das crianças e jovens e – por que não? – também no cotidiano dos pais e professores. Afinal, estamos num período de franca decadência de conceitos e valores em todo o mundo...

Este desafio é, pois, altamente instigante! Com ele, a vida nos traz inúmeros motivos para observar, pensar, refletir, aprender sempre. Vida é luta que move à ação, à conquista, e, por isso mesmo, o desafio de educar adquire maior transcendência e se transforma em uma grande oportunidade.

Nossos filhos ou alunos, como seres humanos, valem muito mais que qualquer outro bem material. Ninguém diz o contrário. Sendo assim, vale indagar: se tanto nos organizamos para prover nossos lares e nossas escolas dos itens materiais mais apropriados, como temos nos organizado para educar nossos filhos e alunos? Que temos feito para ir além dos aspectos físicos ou da formação acadêmica, atendendo ao educando em sua configuração física, psicológica e espiritual?

Para a Logosofia, essa questão abre o cenário da verdadeira educação, e, para atendê-la, precisaremos de um plano de ações em todos os sentidos.

Três pontos são essenciais e se destacam neste plano:

1º) Aonde queremos chegar: Qual é o objetivo da educação que vamos oferecer? Como é a imagem ideal do ser humano que queremos ajudar a formar?

Queremos educar um ser humano para ser bom, eficiente e muito feliz! Sabemos que ele tem que ser valente, generoso, inteligente e sensível... E o que mais? Precisa ser também um bom profissional, um bom pai ou mãe de família, um cidadão correto, alguém útil à sociedade e a si mesmo...

Realmente, queremos contribuir para a formação de um indivíduo quase perfeito!  Entretanto, considerando que não somos educadores perfeitos, o que podemos e devemos fazer é educar uma pessoa que queira aperfeiçoar-se em termos integrais; que queira ser melhor em tudo, que considere a vida como um campo experimental para o próprio aperfeiçoamento; que também queira servir à humanidade, fazer o bem, porque esta é uma exigência natural do espírito humano, uma exigência que tem muito a ver com a moral, a ética e a felicidade.

2º) Onde estamos: É o ponto de partida, consistindo, por um lado, na nossa própria realidade; por outro, na realidade biopsicoespiritual do educando, criança ou jovem, sem deixar de considerar um só instante os diversos fatores externos que também fazem parte deste onde estamos, que são os ambientes em que vivemos (no lar ou na sociedade em geral), os acontecimentos mundiais, as adversidades ou fatalidades que podem ocorrer, entre tantos outros.

3º) Com que contamos: Os recursos para irmos de um ponto a outro, de onde estamos até onde queremos chegar.

A Logosofia oferece inúmeros recursos para o educando: o estímulo ao pensar, o uso de imagens analógicas, a correção dos erros conforme o conceito de redenção de si mesmo, o uso da repetição com inteligência, criatividade e superação; o oferecimento de estímulos positivos, e um recurso valioso, ensinar a aprender generosamente – estendendo o bem aos demais, entre tantos outros.

Não há receitas nem medidas únicas; nossa atuação deve ser equilibrada e ativa. Nossa atuação educativa não precisa ser tão forte como um holofote, a ponto de atordoar com sua luz intensa e impedir que os educandos caminhem com as próprias pernas, nem tão tênue como a chama de uma vela, dificultando a visão do caminho que precisa ser seguido. Equilíbrio! Aí está uma das palavras-chaves em educação!

*Conte com os livros da Lire para ajudar no desafio de educar as novas gerações! Que tal aproveitar a “Black Lire” para conhecer livros que inspiram crianças e adolescentes para o bem?  

 

Por Liara Sia Moreira Salles

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